O retail media se consolidou como um dos pilares mais promissores do marketing digital.
Em um cenário onde o fim dos cookies de terceiros e a busca por dados próprios se intensificam, os varejistas ganham protagonismo ao transformar suas plataformas em potentes canais de mídia.
Mas o que vem pela frente? Quais movimentos vão moldar o retail media em 2026?
Confira:
1. O retail media como motor da publicidade digital
O retail media já representa uma parcela crescente dos investimentos em mídia digital e tende a se consolidar como um dos principais canais de retorno sobre investimento.
Em 2026, o formato deve se fortalecer como o elo entre dados de compra e ações publicitárias, permitindo campanhas mais assertivas e mensuráveis.
2. Integração total entre canais on e offline
A fronteira entre o digital e o físico vai desaparecer. O retail media omnicanal será a norma, permitindo que as campanhas se estendam dos sites e aplicativos para as lojas físicas, com base em dados de comportamento real do consumidor.
Displays digitais em pontos de venda, QR codes interativos e reconhecimento de jornada de compra integrarão a experiência, garantindo que a mensagem certa chegue ao consumidor em qualquer etapa — e em qualquer canal.
3. Avanço da inteligência artificial na personalização
A IA generativa e preditiva transformará a forma de planejar e otimizar campanhas de retail media. Em 2026, algoritmos serão capazes de sugerir criativos, prever o impacto de diferentes formatos e ajustar a entrega em tempo real com base em microcomportamentos do consumidor.
Além disso, veremos assistentes de mídia automatizados ajudando anunciantes a criar, testar e escalar campanhas dentro dos ambientes de varejo digital com mínima intervenção humana.
4. Expansão dos marketplaces e redes de varejo como plataformas de mídia
O retail media deixará de ser exclusividade dos grandes players. Em 2026, veremos um número crescente de varejistas médios e nichados criando suas próprias redes de mídia. Ferramentas white label e plataformas self-service tornarão mais fácil para supermercados regionais, farmácias e lojas especializadas monetizarem seus dados e espaços digitais.
Essa descentralização abrirá novas oportunidades para as marcas atingirem públicos altamente segmentados e próximos do momento da compra.
5. Publicidade mais ética e sem cookies
O avanço da privacidade digital trará mudanças significativas. O modelo sem cookies (cookieless) deve se consolidar, impulsionando o uso de dados primários (first-party data) coletados diretamente pelos varejistas.
Isso permitirá práticas mais seguras, transparentes e centradas no consentimento do consumidor, promovendo um ambiente publicitário mais confiável e ético.
6. Medição e atribuição cada vez mais precisas
Uma das maiores dores do retail media — a mensuração de resultados — evoluirá significativamente.
A integração entre plataformas de dados e soluções de clean rooms permitirá que marcas avaliem o impacto das campanhas com muito mais transparência e precisão.
O foco estará em métricas de incremento real de vendas, não apenas em impressões ou cliques.
Essa nova maturidade analítica consolidará o retail media como parte central do funil de conversão.
7. Eventos de consumo e parcerias como catalisadores
Datas de alto volume de vendas, como Black Friday, Natal e outras campanhas sazonais, continuarão sendo momentos estratégicos para testar e ampliar o impacto do retail media.
Além disso, parcerias entre varejistas, marcas e entidades do setor serão fundamentais para a profissionalização e o amadurecimento do ecossistema no país.
Conclusão
O ano de 2026 marcará uma nova era para o retail media — mais madura, tecnológica e colaborativa.
Com a combinação de dados próprios, inteligência artificial e integração omnicanal, o setor deixará de ser um “experimento” para se tornar um dos principais motores de crescimento e diferenciação no marketing digital.
O varejo que entender que mídia é também parte da experiência do consumidor estará um passo à frente na corrida pela atenção — e pela conversão.